Nada mais se
detêm
Na correnteza
do tempo
Um rio
imenso
De águas
cristalinas
A refletir o
céu por inteiro:
Os peixes nadam
no céu
Os pássaros
mergulham nas águas.
As águas dos
olhos
Inundando a
terra firme
A salgar o
trigo e o arroz.
Assim a vida
surge
Num choro
compulsivo
O choro que
continua
Nos amores
perdidos
Desespero que
não se contêm mais
Mas o Nilo
há de transbordar
E regar
assim o ventre
Das mulheres
jovens
Da água da
vida.
Água que há
de levar
Um dia
O corpo
danado
Fonte de
prazeres
De todo
sofrimento
Ilusões de
Maya
Nas correntezas
do Ganges.
Prodigiosa
água da vida
Também da
morte
A escoar
infinitamente
Em minha
frente.
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