Uma
escuridão percorre aquelas
Paredes, não
sei bem
Se de
desgosto consentido
Se de
tristeza que perdura
Numa sombra
alquebrada
A debruçar
solenemente
Ao final da
tarde.
As mesas em
desalinho
Isentos
estão de ternura
Uma toalha
branca bordada
Recolhida às
pressas
Sem maior
serventia.
As vozes
calaram-se
Em festas
que não há mais
Dos
aniversários passados
Não restaram
nem lembranças
Que se vão
diluindo
Numa casa
mais vazia.
Nem as
roseiras ficaram
Arrancadas
do lado
Num
canteirinho que
Vicejam as
ervas
Daninhas e o
musgo
Resistentes
ao tempo
Verdejante
se vinga
Esparramando-se
no abandono.
Casa que em
momentos
Derradeiros
um anjo de branco
Passou
Num mármore
passou seu lenço
Fazendo
girar a roda do tempo.
Ficarão nas
paredes
Sob as tintas
a saga dos heróis
Do passado
Que
respingam agora
Respiram
sossegados.
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