Quando cheguei chovia
Chovia naquela cidade
Onde retorno às vezes
Onde meus amigos dormem
Em meu sono profundo.
Ando por caminhos que
Não reconheço mais
Caminhos que nunca existiram
Senão na vaga lembrança
Sem proveito algum.
O que me faz retornar
A um lugar tão distanciado
Que até os fantasmas desapareceram
Pelas ruas que outrora
Ainda viviam.
Uma indiferença apenas
Percorre-me as veias
Livres de sensações estranhas
De tentar agarrar nuvens.
Mas ainda assim
Hei de retornar
Até quando o sentido algum
Vencer todas as minhas
Resistências.
Quando cheguei chovia
Chovia naquela cidade...
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